Mariana Werneck é artista visual negra-indígena Natural do Rio de Janeiro. Foi criada no Rio Grande do Norte dos 3 aos 14 anos de idade. É Graduada em Comunicação visual pela Escola de Belas Artes da UFRJ com passagem de 1 ano e meio pela Escola de Artes Visuais do Parque Lage. Mariana trabalha construindo narrativas que dialogam com corpos humanos e não humanos. Procura reconectar a mente superficial e o subconsciente, observando em primeira instância os lugares associados à vida real, lugares urbanos e expostos. E em segunda instância os lugares internos, chamado supracelestiais. Seu trabalho também levanta questões decoloniais, políticas e sócio-ambientais. Faz uso de diferentes suportes para abranger a multiliguagem das expressões artísticas —fotografia, videografia, totens, colagem têxtil e pintura.
Simbiosis é uma série de fotografias, algumas gravadas minerais onde todo o conhecimento é in-corporado e in-terligado. Simbiosis converge entre matéria, vida, corpo e aconchego. Liquens, plantas, ossos e carne. Mariana trabalha construindo narrativas que dialogam com corpos humanos e não humanos, Procura reconectar a mente superficial e o subconsciente.
De que maneira começou sua jornada no mundo da arte?
Aos 17 anos comecei a fotografar sem muita pretensão. Com uma câmera cybershot convoca amigos e inseria objetos de cena para compor as imagens. Passeios ao ar livre encontros na casa dos nossos familiares formatavam pequenos ensaios. (Co)Memorava o fim da infância. Aos 21 ingressei na graduação de Comunicação Visual na Escola de Belas Artes da UFRJ, onde iniciei estudos teóricos sobre o tempo, espaço e o significado da coisas.
Como é o seu processo criativo?
Uso o espaço onírico como principal berço de pré-criação, O espaço onírico é o lugar que encontramos entre o dormir e o acordar, um espaço vazio de si e cheio de outras realidades. Para criação quase sempre opto pela natureza — rios, praias, florestas. Então a imaginação se funde reconhecendo a multiliguagem das expressões artísticas entre elas a fotografia, videografia, pintura, totens e a reciclagem da matéria.
Quais são suas fontes de inspiração?
Observo em primeira instância, os lugares associados à vida real, lugares urbanos e expostos. Em segunda instância os lugares internos, na teoria cosmológicas, chamados supra celestiais. Me inspiro nos saberes dos povos originários, na espiritualidade afro-amerindia, e espíritos que regem os 4 elementos — Água, fogo, terra e ar.
Qual é o significado da arte em sua vida?
O corpo é um maquinário vivo que sente o mundo, degusta e respira tudo que nele é concebido. Se nutrir de arte provoca catarse e a cura de questões emocionais.
A arte tem também a função de (re)estruturar a nossa existência, emancipar a lógica capitalista que subjuga nossas memórias primordiais, histórias e cultura.
A arte tem também a função de (re)estruturar a nossa existência, emancipar a lógica capitalista que subjuga nossas memórias primordiais, histórias e cultura.
Que conselhos você ofereceria para artistas que estão começando?
Olhar para dentro. Lembrar. Esquecer. Lembrar de novo. Reescrever, não esquecer. Dormir, acordar. Praticar tudo de novo.