Paulo du’Sanctus é paulista, natural de Jundiaí (1982), atua na linguagem das artes visuais e trabalha principalmente com a pintura sobre diferentes suportes. A sua pesquisa/produção se concentra em temas relacionados à racialidade, uma homenagem as suas origens.
Desde criança despertou o interesse pelas artes. Em 2000, aos 18 anos iniciou um curso livre de pintura em Campo Limpo Paulista, e, desde então estudou com alguns renomados professores como Alexandre Reider, Maurício Takiguthi e Gisele Ulisses e expos em São Paulo, Rio de Janeiro, Portugal, Espanha e Finlândia.
Paulo du’Sanctus é formado em jornalismo e tem a pesquisa, apuração e os dados como base para o desenvolvimento de suas séries que nascem da indignação com as questões histórico-socais-culturais. Suas obras contam e recontam a História e registram o presente em forma de arte.
Desde criança despertou o interesse pelas artes. Em 2000, aos 18 anos iniciou um curso livre de pintura em Campo Limpo Paulista, e, desde então estudou com alguns renomados professores como Alexandre Reider, Maurício Takiguthi e Gisele Ulisses e expos em São Paulo, Rio de Janeiro, Portugal, Espanha e Finlândia.
Paulo du’Sanctus é formado em jornalismo e tem a pesquisa, apuração e os dados como base para o desenvolvimento de suas séries que nascem da indignação com as questões histórico-socais-culturais. Suas obras contam e recontam a História e registram o presente em forma de arte.
Paulo du’Sanctus é paulista, natural de Jundiaí, atua na linguagem das artes visuais e trabalha principalmente com a pintura sobre diferentes suportes como cédulas de dinheiro, livros e telas. A sua pesquisa/produção se concentra em temas relacionados a História do Brasil, racialidade e decolonização.
De que maneira começou sua jornada no mundo da arte?
Como a maioria dos artistas, desde criança eu já tinha uma pré disposição as artes, mas era algo distante, um caminho desconhecido e praticamente impossível. Então eu assistia as aulas de desenho e pintura do professor Philip Hallawell na TV Cultura e tentava praticar com os materiais que eu tinha a disposição. Aos 18 anos eu iniciei um curso de pintura perto da minha casa e desde então eu fui buscando cada vez mais conhecer e aprimorar as técnicas e possibilidades. Estudei com grandes nomes das artes, fui desenvolver outras carreiras em empresas mas é na arte que eu encontro minha maior potência e não pude mais negligenciar a este chamado, hoje me dedico 100% ao fazer artístico.
Quais temas prefere explorar em suas obras?
A racialidade, a construção do Brasil, as "fake news" históricas e a colonização são meus temas prediletos de trabalho.
Como é o seu processo criativo?
Meu processo de criação é metodológico, eu trabalho por séries desenvolvendo um tema por um determinado período. Geralmente alguma história, um fato ou acontecimento que me deixa com sentimento de indignação e que me traz inquietude são pontos de partida para iniciar uma pesquisa. Eu uso o lead jornalístico para desenvolver toda essa pesquisa. Então eu penso o que eu quero falar, essa etapa demanda mais tempo, porque é a construção do conceito central, aí eu penso no porque, para quem, se é relevante, quando e por fim como eu farei, aí eu desenvolvo os trabalhos propriamente, penso no material que vai reforçar o conceito, na técnica, faço muitos esboços em cadernos e deixo a criatividade fluir, aí seleciono os esboços e mãos a obra.
Quais materiais e técnicas você usa com mais frequência?
Eu gosto de pensar em materiais que ajudem a contar a história do que estou trabalhando. Por exemplo, quando fiz a série Ressignificar, eu usei dinheiro como suporte para as pinturas porque era uma forma de reparação ao ver as notas antigas que o Brasil já teve e perceber a ausência de mulheres, pretos e indígenas, eu fiz o que a história oficial não fez. Na atual série eu trago livros e enciclopédias como suporte porque eles foram o lugar dos registros de conhecimento então ao mesmo tempo que os uso para reparar eu também os questiono.
Qual é o significado da arte em sua vida?
A arte para mim é chamado e vocação. Claro que essa vocação não exclui a necessidade de "suar a camisa" para desenvolver, porque as vezes parece que é fácil, parece que desce uma luz na cabeça e as coisas acontecem, mas não é bem assim, a gente precisa estudar muito.
Qual é o papel do artista na sociedade de hoje?
O artista tem o papel de experimentar as dores e alegrias, filtrar tudo isso, transformar e apresentar para ao seu público para este se reconheça na obra, se reconheça no outro e perceba que não está sozinho. Nós artistas temos o dever de ensinar, não com os métodos comuns de ensino, mas com a emoção que nos toma, para que o outro também experimente a libertação pela ressignificação. Enfim, acho que artista é um tanto filósofo, um tanto terapeuta, um tanto professor, mas sobretudo um comunicador.
Para saber mais sobre o artista ou entrar em contato
Website: www.paulodusanctus.com.br
Instagram: @paulodusanctus