Angela Gonçalves (1964), Sorocaba-SP, artista visual, mãe, médica, tem como área de pesquisa as interferências externas e reflexos causados pelo meio ambiente e a sociedade sobre a construção do feminino e seu posicionamento no mundo. Recorre a processos híbridos, meios tradicionais e digitais. Formou-se pela escola Pró arte (1983), após a pós-graduação em medicina, volta a se dedicar aos estudos da arte em ateliês livres de pintura, escultura e gravura (2004-2006 IA-UNICAMP, 2005 ECA-USP), 2007 história da arte (FUNDEC-Sorocaba), 2007 frequenta disciplinas de mestrado FASM - SP. Participou do coletivo de gravura Relevo (publicações periódicas) de 2013 a 2019 e exposições coletivas 1983 – 2024, entre Sorocaba e São Paulo, sendo a última ‘Pequenas Utopias’ , Caixa Cultural SP. Acervo particular no Museu Casa da Xilogravura, Campos do Jordão-SP, junto ao coletivo Relevo.
Angela Gonçalves, artista visual e médica de Sorocaba, SP, estuda a construção do feminino e suas interações com o meio ambiente e a sociedade. Sua obra reflete como experiências contemporâneas moldam a percepção. Formada em desenho, estudou em ateliês de pintura, gravura e história da arte. Participou de exposições coletivas de 1983 a 2024, com destaque para "Pequenas Utopias" na Caixa Cultural.
De que maneira começou sua jornada no mundo da arte?
Comecei no mundo da arte desde muito cedo ganhando alguns concursos de desenho na infância e na adolescência (este último em uma revista de moda), fiz formação em desenho artístico, mas a vida me levou a caminhos diferentes, fiz medicina e pós graduação, casei tive duas filhas, mas a arte sempre esteve me acompanhando, pois voltei a frequentar cursos livres de arte (ateliês, Instituto de arte da UNICAMP, Escola de Comunicação e Artes da USP), história da arte, disciplinas de mestrado em Artes Visuais na Faculdade Santa Marcelina, esta última interrompi devido minha vida paralela como médica. Reiniciei recentemente estudos em poéticas visuais e minha pesquisa segue sobre a figura feminina, sua construção na sociedade e desafios que ainda hoje temos que enfrentar.
Quais materiais e técnicas você usa com mais frequência?
Além da xilogravura e gravura em metal, que trabalhei por muitos anos, hoje tenho explorado os trabalhos híbridos têxteis, pinturas, fotografia conceitual e desenhos com intervenção digital, pois cada série de trabalhos requer um instrumento diferente para aprofundar e atualizar a pesquisa.
Quem são as influências artísticas que impactaram seu trabalho?
Minhas referências são muitas, mas aprecio muito o trabalho de Louise Bourgeois com sua extensa pesquisa sobre as emoções e os relacionamentos humanos, Mira Schendel com seus vazios intensos, o grupo Guerrilla Girls com seu humor e denuncia, Lenora Barros uma das principais artistas brasileiras da contemporaneidade e seu uso da linguagem com maestria.
Qual é o significado da arte em sua vida?
A arte é cura, pensamento e reflexão, é uma maneira de transmitir minhas observações sobre o mundo.
Como você se mantém atualizado sobre as tendências do setor?
Mantenho minha atualização através de leitura de artigos e livros, cursos de arte, visitas a feiras de arte e exposições.
