Chany Duscio, nascida em Buenos Aires, vive no Brasil desde 2017. Formou-se como Professora Superior em Artes Visuais em Argentina. Participou de exposições coletivas e individuais em seu país e no Brasil. Atuou como professora de arte em programas voltados a comunidades periféricas de Buenos Aires e coordenou oficinas de "eco-murais" com alunos de escolas públicas. Em 2018, estabeleceu-se na Chapada Diamantina estudando a riqueza da cultura popular nordestina. Participou da CowParade-Salvador e de diversos festivais de arte urbana. Ilustrou a campanha "Mulheres que sonham" para a firma Hershey’s e recebeu reconhecimento pela Lei Aldir Blanc em Lençóis (BA), onde viveu por seis anos deixando vasta obra mural. Atualmente reside em Salvador onde continua desenvolvendo sua obra e se prepara para participar de residência artistica Comover no estado de São Paulo no mês de março.
Nascida em Buenos Aires, Chany Duscio é uma artista plástica, ilustradora e muralista residente na Bahia há uma década. Com mirada objetiva captura a riqueza cultural e desenvolve suas pesquisas baseadas nas próprias vivências em solo Nordestino. Suas obras mostram seu interesse pelo tratamento da luz , investigam o cotidiano popular, os afetos e fazeres do dia dia, com traços orgânicos em uma con
De que maneira começou sua jornada no mundo da arte?
Desde muito cedo, a arte fez parte da minha vida. Meu pai, arquiteto, sempre incentivou meu interesse natural, disponibilizando tintas e pincéis e me levando a exposições e museus. Formei-me na Escola de Belas Artes em Argentina, e, logo após, parti em uma jornada pelo mundo, buscando vivenciar de perto as obras dos grandes mestres.
Como descreveria seu estilo artístico?
Sempre acreditei na importância de uma formação acadêmica sólida, essencial para desenvolver uma linguagem própria. No meu caso, a luz tornou-se um elemento central na criação da atmosfera em cada obra. Ao chegar à Bahia, fui imediatamente impactado pela intensidade das cores. Iluminadas pela verticalidade do sol tropical, as tonalidades tornam-se mais saturadas, e a ausência de meias sombras acentua os contrastes. A paleta suave de cores pastéis e a luz oblíqua da minha terra natal, que desenha sombras longas e delicadas, cedeu espaço a paletas mais vibrantes e aos contrastes marcantes da Bahia.
Quais temas prefere explorar em suas obras?
Quando cheguei noa Bahia, stabeleci-me na Chapada Diamantina com o intuito de me aprofundar nas tradições e na cultura popular rica e diversa do interior. Ali, encontrei inspiração nas paisagens de serra e caatinga, nas comunidades quilombolas, nas festividades como o jaré e os ternos de reis, nas histórias do garimpo e dos diamantes, e no cotidiano das pessoas que habitam essa região. Me interessa explorar o cotidiano popular, os afetos e fazeres do dia dia no marco da imponente natureza dos trópicos.
Quais são suas fontes de inspiração?
A própria vivência da natureza me inspira, acostumo tomar notas e esboços fazendo observações diretas de paisagens e elementos naturais. Mas também os efeitos da luz criando ambientes e riqueza de matizes sâo inspiradores na minha obra. As manifestações da sensibilidade humana, afetos, tradiçoes, devoção, sâo permanentes fontes de inspiração.
Você participou de alguma exposição marcante que gostaria de compartilhar?
A participação na CowParade Salvador 2019 foi marcante na minha caminhada. Foi uma oportunidade de conhecer e trabalhar junto a grandes artistas em um enorme ateliê coletivo, podendo presenciar os seus processos criativos. Cada um de nós devia intervenir uma escultura de uma vaca em tamanho natural, com liberdade para a escolha de tecnicas e materiais. No meu caso, eu escolhi canetas e marcadores para desenhar inúmeras folhas e galhos que cobriram por inteiro a superfície da minha "Vaca da mata"
Para saber mais sobre o artista ou entrar em contato
Website: https://bit.ly/Chanybahia
Instagram: @chanybahia
