Simone Sarmet, natural de Brasília, desenvolve desde 2014 sua pesquisa artística que explora imagens aéreas para mapear e traduzir a materialidade de diferentes locais do mundo. Nesse processo, a natureza se torna não apenas uma referência, mas o próprio conceito criativo, imbuído de intencionalidade visual.
Sua obra também propõe a interação com o observador por meio de tecnologias – como QR codes ou vídeos – que revelam os locais originais retratados.
Sua trajetória começou nos EUA, onde estudou em instituições como Art Students League of New York e a Pacific Art League, na Califórnia. Seu trabalho foi apresentado em exposições no Brasil e no exterior, como a coletiva ‘OPEN’ no Museu deYoung (San Francisco, 2020), além de mostras em galerias do DF (desde 2021); e em exposições individuais na Esplanada dos Ministérios (DF/2022) e no Consulado-Geral de São Francisco (2014).
Simone Sarmet é natural de Brasília e pesquisa o uso de imagens de satélite como meio para explorar a materialidade de diferentes localidades no mundo, transpondo-as para telas de acrílica com técnica mista. Seu trabalho foi apresentado em exposições no Brasil e no exterior, como a ‘OPEN’ no Museu deYoung de São Francisco, em 2020 e a individual na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, 2022.
Obra de arte de Simone Sarmet - S/T, 2022 - Acrílica em tela, técnica mista

De que maneira começou sua jornada no mundo da arte?

Ao longo da minha trajetória, sempre fui movida pela curiosidade, explorando de maneira intuitiva e informal diferentes suportes e técnicas. No entanto, foi perto dos meus 40 anos, durante minha vivência na Califórnia / EUA, que decidi abraçar a arte de maneira mais profissional. Nesse período, busquei aprimorar minha prática participando de workshops especializados, o que me permitiu expandir minha técnica e dar os primeiros passos em exposições coletivas e individuais. Foi também um momento de imersão no universo artístico, no qual pude conhecer outros artistas, buscar referências na Arte e, acima de tudo, me lançar na experimentação, elemento essencial de minha jornada criativa.
Obra de arte de Simone Sarmet - ST, 2024 - Acrílica em tela, técnica mista

Quais temas prefere explorar em suas obras?

Desde 2014, tenho me dedicado ao uso de imagens de satélite como ferramenta para investigar a materialidade da geografia global. Nas séries AERO I e AERO II, as imagens capturadas a partir de satélites localizados a cerca de 2kms de altitude resultaram em obras abstratas, marcadas por tons terrosos que evocaram a vastidão do nosso planeta. Em 2024, a pesquisa se voltou especificamente para o Brasil, utilizando o Google Earth a uma distância de aproximadamente 200 metros, o que permitiu uma leitura mais detalhada do território. Este novo olhar gerou imagens com nuances saturadas e contrastantes, ampliando a percepção das múltiplas camadas geográficas e humanas que compõem o espaço. A pesquisa continua a mesclar realidade física e abstração, convidando o espectador a refletir sobre as dinâmicas visuais, estimulando uma reflexão profunda sobre o modo como nos relacionamos com o território.

Como é o seu processo criativo?

Meu processo criativo é marcado por uma fase de pesquisa longa que antecede a produção das obras. Primeiro, a seleção das imagens-referência, que é um processo demorado e que envolve muita reflexão. Depois, a definição da paleta de cores é estudada e definida, sendo normalmente abordada de forma diferenciada em cada série. Finalmente, antes de iniciar o trabalho no suporte definitivo, realizo testes para garantir que cada elemento visual esteja alinhado com a busca pela materialidade desejada e a proposta da pesquisa.
Obra de arte de Simone Sarmet

Para saber mais sobre o artista ou entrar em contato

Website: simonesarmet.com
Instagram: @ssarmetstudio

 

Obra de arte de Simone Sarmet

 

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