Olavo Tenório, artista multidisciplinar nascido em Goiôerê, Paraná, e radicado em São Paulo, desafia limites entre arte e design. Sua obra transita entre a escultura, a arte cinética e a geometria construtiva, explorando materiais como madeira, luz e tecnologias contemporâneas. Com um estilo definido pelo essencialismo, Olavo busca revelar a essência dos materiais e estabelecer um diálogo sensorial com o observador.
Ao longo de sua trajetória, participou de exposições importantes, como na Funarte e no Salão Bunkyo, além de colaborações com a Swarovski.
Seus temas centrais envolvem a liberdade, a transformação e a harmonia dinâmica, refletindo sobre a relação entre movimento, limite e expressividade.
Ao longo de sua trajetória, participou de exposições importantes, como na Funarte e no Salão Bunkyo, além de colaborações com a Swarovski.
Seus temas centrais envolvem a liberdade, a transformação e a harmonia dinâmica, refletindo sobre a relação entre movimento, limite e expressividade.
Olavo Tenório, artista multidisciplinar, paranaense radicado em São Paulo, explora limites entre arte e design. Suas obras unem escultura, arte cinética e geometria construtiva, com madeira, luz e tecnologia. Colaborador da Swarovski e expositor na Funarte e no Salão Bunkyo, Olavo busca revelar a essência dos materiais e estabelecer um diálogo sensorial com o observador.
De que maneira começou sua jornada no mundo da arte?
Minha jornada no mundo da arte começou ainda criança, no interior do Paraná, em Goiôerê. Eu adorava desenhar, embora não soubesse nem dizer 'desenhista' direito — dizia 'desenhor' quando me perguntavam o que eu queria ser.
Mais tarde, fui para Curitiba com o objetivo de estudar na Escola de Belas Artes. Durante minha formação, comecei minha carreira como ilustrador, trabalhando em pequenos jornais locais. Nesse período, passei a frequentar galerias, participar de salões e trocar ideias com outros artistas, ampliando minha perspectiva.
O antigo sonho de ir para São Paulo, inspirado pelo universo das histórias em quadrinhos, amadureceu, e me mudei para a capital. Lá, atuei como freelancer em diversas editoras, consolidando minha paixão por criar e expandindo minha prática artística. Essa trajetória, marcada pela curiosidade e determinação, abriu caminho para a exploração de novos materiais, temas e possibilidades que hoje definem meu trabalho.
Mais tarde, fui para Curitiba com o objetivo de estudar na Escola de Belas Artes. Durante minha formação, comecei minha carreira como ilustrador, trabalhando em pequenos jornais locais. Nesse período, passei a frequentar galerias, participar de salões e trocar ideias com outros artistas, ampliando minha perspectiva.
O antigo sonho de ir para São Paulo, inspirado pelo universo das histórias em quadrinhos, amadureceu, e me mudei para a capital. Lá, atuei como freelancer em diversas editoras, consolidando minha paixão por criar e expandindo minha prática artística. Essa trajetória, marcada pela curiosidade e determinação, abriu caminho para a exploração de novos materiais, temas e possibilidades que hoje definem meu trabalho.
Como descreveria seu estilo artístico?
Defino meu estilo artístico como essencialismo, um conceito cunhado pelo filósofo A.H. Fuerstenthal em meu livro Estrutura e Flutuação. Ele descreveu meu trabalho como uma busca por respostas essenciais a cada problema, técnica ou material, destacando um elemento de fluidez que não é decorativo, mas que, ao se revelar, torna-se parte essencial da realidade.
Quais temas prefere explorar em suas obras?
Eu exploro em minhas obras a busca pelo equilíbrio entre opostos – aquilo que está fora e o que está dentro, a liberdade e o limite, o corpo e a mente. Esses temas nascem da minha observação do mundo e de mim mesmo, refletindo tanto as situações do cotidiano quanto a linguagem visual que nos cerca.
Tenho um olhar atento sobre como a linguagem visual molda nossos comportamentos e influencia decisões, algo que o marketing explora de forma precisa. Ao mesmo tempo, percebo a carência de um ensino que desenvolva essa percepção nas escolas – um tipo de alfabetismo visual que permitiria às pessoas lerem o mundo com mais clareza e consciência.
Como artista, sinto que meu papel é trazer esses conceitos para o campo sensível, traduzindo-os em formas, movimentos, harmonia e descobertas. Uso as formas básicas da geometria para explorar esses diálogos visuais e criar experiências que revelam esse equilíbrio, provocam reflexão e despertam um olhar mais atento para o que normalmente passa despercebido.
Tenho um olhar atento sobre como a linguagem visual molda nossos comportamentos e influencia decisões, algo que o marketing explora de forma precisa. Ao mesmo tempo, percebo a carência de um ensino que desenvolva essa percepção nas escolas – um tipo de alfabetismo visual que permitiria às pessoas lerem o mundo com mais clareza e consciência.
Como artista, sinto que meu papel é trazer esses conceitos para o campo sensível, traduzindo-os em formas, movimentos, harmonia e descobertas. Uso as formas básicas da geometria para explorar esses diálogos visuais e criar experiências que revelam esse equilíbrio, provocam reflexão e despertam um olhar mais atento para o que normalmente passa despercebido.
Como é o seu processo criativo?
Meu processo criativo se apoia em um repertório que venho construindo ao longo dos anos. Revisito desenhos e anotações de projetos anteriores como fonte constante de inspiração. Meu ateliê, que vejo como um laboratório de experimentação, é o espaço onde a criação acontece.
Atualmente, trabalho com obras ópticas e cinéticas, seguindo um processo que chamo de facilitação construtiva: a busca por caminhos simples para resultados complexos, mas sempre com muito trabalho manual. Na realidade, esse método tem raízes no design, mas em meu caso, frequentemente demanda mais esforço do que parece. Algumas obras levam tempo para se concluir, pois não se encerram em um quadro ou escultura em si, mas continuam em novos materiais ou formas. Isso pode ser difícil de entender, já que cada artista tem sua metodologia — ou pelo menos poderia ter.
A escolha dos materiais é essencial. Eles não são apenas ferramentas, mas parte ativa do processo criativo. Pensamento e material se influenciam mutuamente, formando um ciclo contínuo. As formas que enxergo em minha mente, inicialmente abstratas, ganham corpo na interação física, tornando visível o que antes era apenas potencial.
Minha prática não se encerra em uma obra; ela continua em cada interação, transformando ideias e materiais e convidando o observador a encontrar sua própria fagulha criativa.
Atualmente, trabalho com obras ópticas e cinéticas, seguindo um processo que chamo de facilitação construtiva: a busca por caminhos simples para resultados complexos, mas sempre com muito trabalho manual. Na realidade, esse método tem raízes no design, mas em meu caso, frequentemente demanda mais esforço do que parece. Algumas obras levam tempo para se concluir, pois não se encerram em um quadro ou escultura em si, mas continuam em novos materiais ou formas. Isso pode ser difícil de entender, já que cada artista tem sua metodologia — ou pelo menos poderia ter.
A escolha dos materiais é essencial. Eles não são apenas ferramentas, mas parte ativa do processo criativo. Pensamento e material se influenciam mutuamente, formando um ciclo contínuo. As formas que enxergo em minha mente, inicialmente abstratas, ganham corpo na interação física, tornando visível o que antes era apenas potencial.
Minha prática não se encerra em uma obra; ela continua em cada interação, transformando ideias e materiais e convidando o observador a encontrar sua própria fagulha criativa.
Quais são suas fontes de inspiração?
Minhas raízes culturais são minha maior fonte de inspiração.
Meu pai, transmissor dessa herança, me ensinou o valor da arte em sua oficina de sanfonas e nas festas do interior. Observando ele desmontar e remontar as centenas de pecinhas das sanfonas, aprendi uma metodologia única: transformar o caos em harmonia, em melodias. Viver isso me conectou à essa riqueza: a luta e perseverança que dão vida à expressão autêntica, é a mesma fonte que podemos encontrar nos povos e comunidades brasileiras, que mantêm viva a essência da cultura em meio aos desafios.
Essa força, vinda do coração e do amor ao que fazemos, é a base que sustenta meu trabalho e guia minha criação, conectando ancestralidade e contemporaneidade.
Meu pai, transmissor dessa herança, me ensinou o valor da arte em sua oficina de sanfonas e nas festas do interior. Observando ele desmontar e remontar as centenas de pecinhas das sanfonas, aprendi uma metodologia única: transformar o caos em harmonia, em melodias. Viver isso me conectou à essa riqueza: a luta e perseverança que dão vida à expressão autêntica, é a mesma fonte que podemos encontrar nos povos e comunidades brasileiras, que mantêm viva a essência da cultura em meio aos desafios.
Essa força, vinda do coração e do amor ao que fazemos, é a base que sustenta meu trabalho e guia minha criação, conectando ancestralidade e contemporaneidade.
Quais materiais e técnicas você usa com mais frequência?
Para mim, o ateliê é um espaço essencial de experimentação e descoberta, onde técnicas e materiais revelam suas possibilidades. Sempre tive uma forte atração por entender como as coisas funcionam, explorando a interação e a resposta dos materiais.
Atualmente, trabalho muito com madeira, valorizando suas características únicas, mas também incorporo tecnologias como impressão 3D, corte a laser e plotter. Essas ferramentas digitais se unem à prática manual em um diálogo entre tradição e inovação, criando obras que equilibram materialidade e conceito. Cada material e técnica escolhidos carregam em si um potencial estético e emocional que guia meu processo criativo.
Atualmente, trabalho muito com madeira, valorizando suas características únicas, mas também incorporo tecnologias como impressão 3D, corte a laser e plotter. Essas ferramentas digitais se unem à prática manual em um diálogo entre tradição e inovação, criando obras que equilibram materialidade e conceito. Cada material e técnica escolhidos carregam em si um potencial estético e emocional que guia meu processo criativo.
Quem são as influências artísticas que impactaram seu trabalho?
Nos tempos de faculdade, fui profundamente inspirado pelas vanguardas europeias que desconstruíram a figura humana e a paisagem, conectando arte à psicologia e ciência. A Bauhaus me fascinava como espaço de confluência entre pensamento, trabalho, arte e funcionalidade.
Mais tarde, os movimentos concreto e neoconcreto brasileiros enriqueceram minha perspectiva, especialmente na integração entre forma e emoção.Nas últimas décadas, meu olhar voltou-se para a raiz da brasilidade, uma conexão que sempre esteve presente de forma latente.
Hoje, questiono o lugar da arte dentro de uma história que, como forma de poder, apaga narrativas não inscritas em seu cânone. Minha herança cultural, representada pelo toque da sanfona de meu pai, é o coração e a vida que sustentam meu fazer artístico, trazendo vitalidade e profundidade ao meu trabalho.
Mais tarde, os movimentos concreto e neoconcreto brasileiros enriqueceram minha perspectiva, especialmente na integração entre forma e emoção.Nas últimas décadas, meu olhar voltou-se para a raiz da brasilidade, uma conexão que sempre esteve presente de forma latente.
Hoje, questiono o lugar da arte dentro de uma história que, como forma de poder, apaga narrativas não inscritas em seu cânone. Minha herança cultural, representada pelo toque da sanfona de meu pai, é o coração e a vida que sustentam meu fazer artístico, trazendo vitalidade e profundidade ao meu trabalho.
Qual é o papel do artista na sociedade de hoje?
Em um mundo saturado de informações, o artista assume um papel essencial: recentrar o indivíduo, criando espaços de reflexão, experiências profundas e conexões genuínas. A prática artística é uma fusão de ação, pensamento e resiliência, nascendo do mistério que o artista descobre e vivencia ao longo de seu percurso.
Enquanto o consumismo nos arrasta para a superfície, a arte convida à profundidade – um espaço de imensa riqueza, onde olhares singulares celebram a diferença. É nessa dinâmica que o artista oferece ao mundo não apenas uma pausa, mas um convite à experiência do incomum, do imprevisto e do essencial.
Enquanto o consumismo nos arrasta para a superfície, a arte convida à profundidade – um espaço de imensa riqueza, onde olhares singulares celebram a diferença. É nessa dinâmica que o artista oferece ao mundo não apenas uma pausa, mas um convite à experiência do incomum, do imprevisto e do essencial.
Para saber mais sobre o artista ou entrar em contato
Website: www.olavotenorio.my.canva.site
Instagram: @olavo_tenorio